Intolerante da Silva – Edson Olimpio – Jornal Opinião

 

2013 – 05 – 29 Maio 2013 – Intolerante da Silva – Edson Olimpio Oliveira – Crônicas & Agudas – Jornal Opinião

Intolerante da Silva

Se você é silva como eu, peço que não se agite em demasia. Acaso você seria um intolerante da silva como eu? Pois caminhamos, remamos ou zurramos num mundo em que se prega a tolerância em todos os graus e matizes. Da religiosa à sexual. Da gastronômica à ideológica. Muitos toleram quem concorda consigo e suportam, a custa de cabelos arrancados, de ranger de dentes e de incontáveis pruridos aos do outro partido. Se for partido, não é íntegral, absoluto, total, logo seria o resultado da intolerância. “Enrolation”? Realidade. Tão realidade que estou neste seleto grupo que não tolera vagabundagem explícita ou camuflada.

Não tolero homem sustentado por mulher dentro do meu intolerável machismo e não tolero mulher que sustenta vagabundo. Sou muito intolerante com bandidos, criminosos de toda a laia, casta e idade, sendo intolerável apregoar que são coitadinhos ou deserdados da sociedade. Não tolero quem assassina queimando viva uma pessoa, como a dentista que sustentava os pais idosos e a irmã doente, por ter apenas trinta reais. Não tolero menor assassino e essas penas malditas e distorcidas que soltam criminosos para cometerem mais crimes, enquanto as vítimas continuam desassistidas e abandonadas pelas hordas de ONGs dos direitos dos criminosos e de políticos defensores de bandidos.

Não tolero quem leva vantagem sem merecimento, principalmente ancorado num proselitismo caduco – ou seria eunuco? – ou na culpa coletiva ou hereditária. Acho intolerável o benefício gratuito, sem compromisso da busca da excelência e da contrapartida. É intolerável assistir a políticos inescrupulosos e corruptos serem novamente eleitos ou reeleitos numa senda sem fim. Não tolero administrador queixoso ou dando explicações furadas, como se todos fossem idiotas, da sua incapacidade de resolver os problemas do seu cargo. Ou resolve ou se demite.

Não tolero esses deficientes de caráter e de vergonha que ocupam as vagas destinadas aos deficientes físicos e idosos. Assim como não tolero essas criaturas que se acham motoristas e tomam as vias públicas como se fossem suas latrinas e seus veículos como armas de guerra. E não tolero essas estradas esburacadas, sem duplicação e assassinas. Não tolero essa gente que não nos oferece segurança e nos impede do direito à defesa pessoal, da nossa família e do nosso patrimônio. Não tolero muito criminoso ser taxado de ativista social e essa escória de pichadores perdoados e explicados como “artistas” enquanto agridem o patrimônio público e privado.

Estou cansado dessa tolerância com a falta de hospitais decentes e postos de saúde em número suficiente para atender ao povo enquanto os poderosos tratam-se sem filas nos melhores centros médicos do Brasil e do exterior. É intolerável culpar aos médicos e demais profissionais brasileiros pela má qualidade da saúde oferecida à população. Não tolero mais culpar a vaca pelo leite contaminado e nem ao bezerro como cúmplice das escancaradas falcatruas. Não tolero escolas que não ensinam e alunos analfabetos funcionais numa educação lúdica e irresponsável de metas e méritos, onde muitos não ensinam para muitos mais aprenderem um quase nada.

Não tolero esse politicamente correto (?) em que professor ou mestre virou um mero trabalhador da educação e o respeito dos alunos e dos pais está abaixo… Do que mesmo? Não tolero essa demagogia que respeitar aos aposentados do INSS é impossível, mas fazer vantagens para jogadores de futebol, perdoar dívidas de caloteiros ou premiar com o sacrifício do povo brasileiro a governos estrangeiros é normal. Deus do céu! A lista é longa e parece não ter fim e é intolerável que o meu espaço não comporte o clamor das pessoas que formam as legiões dos sem palavras e sem plateia. Concluindo: não tolero desamor, humildade travestida e culpar aos outros para fugir da responsabilidade.

 

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